Um mês depois da revelação da existência de atos secretos no Senado, o cerco se fechou ao ex-diretor-geral Agaciel Maia, apadrinhado pelo presidente José Sarney (PMDB-AP). A Polícia Federal já identificou, numa análise preliminar, pelo menos um crime na edição dos boletins sigilosos: a inserção de dados públicos falsos no sistema de informação da Casa. A pena, em caso de condenação, varia entre de 2 a 12 anos de prisão. A PF suspeita ainda de formação de quadrilha e busca elementos nesse sentido. Outra missão estabelecida pela polícia é encontrar funcionários fantasmas entre as nomeações secretas nos últimos anos e, em cima disso, detectar se houve desvio de salários dentro do Senado envolvendo essas pessoas.
O inquérito para apurar os boletins sigilosos foi aberto na quinta-feira pelo delegado Gustavo Buquer, o mesmo que conduz a investigação sobre o esquema de créditos consignados no Senado. A investigação vai durar, no mínimo, 60 dias. A iniciativa da PF foi uma resposta ao pedido do Ministério Público Federal (MPF), que apontou ainda os indícios de corrupção passiva, peculato e prevaricação na prática de esconder decisões administrativas da Casa.
Tribuna do Norte
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